FODA-SE O RPG É MEU

cKinley High School, quase cinco anos que Kitty não colocava os pés nesse lixeiro esquecido por Deus e ela não havia sentido falta nem por um segundo. Sua vida em Beverly Hills era maravilhosa, desde que aquele saco de ossos velhos morreu, Kitty estava vivendo o auge de sua vida, a herança milionária que ficara proporcionava a ela as melhores joias que o dinheiro poderia comprar, sua cama nunca permanecia vazia, sempre tinha um aspirante a modelo com um belo corpo para aquecer, algumas vezes até mais de um e semana passada ela tinha tomado café da manhã na casa de uma das Kardashians.

Então por que Kitty estava naquele buraco novamente? Alguma vadia escondida por um codinome havia lhe enviado um sms com ameaça no momento do seu café da manhã com Kim, ela interrompeu a fofoca que Kim iria lhe contar sobre a briga com alguma de suas irmãs, não entenda mal, Kitty não era estranha a ameaças, ela própria já tinha feito mais ameaças do que seus dedos poderiam contar, mas ela estava irritada pelo fato de alguém sequer pensar em lhe ameaçar, Kitty sabia sobre o reencontro de corais que iria acontecer em Ohio e nem planejava ir, mas no momento que recebeu aquele sms ela se decidiu, iria para Ohio descobrir quem era aquela vadia e lhe mostrar que não deveria brincar com Kitty Kinsley Wilde.

Tudo isso havia lhe trazido de volta para esse maldito colégio, bem, Kitty estava decidida a descobrir quem estava lhe ameaçando, mas enquanto isso poderia muito bem se divertir e rir dos fracassados que sairam desse hospício. Após Lissandra, sua motorista, abrir a porta da BMW para que Kitty pudesse pisar no recinto daquele lixeiro, o cheiro de pobreza infestou seu delicado nariz e o chão pareceu ainda mais sujo debaixo de seus Louboutin, abaixando os seus óculos do rosto a loira andou em direção a entrada e abriu as portas de uma vez, sorrindo com o canto dos lábios ao perceber que os poucos estudantes da escola viraram para lhe encarar.

Andando pelos corredores do colégio, parecia que nada tinha mudado, inclusive a vontade aleatória de cantar em lugares aleatórios que todos os estudantes desse recinto pareciam adquirir com um tempo. O primeiro verso da música saiu naturalmente pelos lábios de Kitty de uma forma melódica. Aquela era a sua realidade, Kitty não era mais uma lider de torcida loira das Cheerios e sim uma mulher poderosa e rica que conseguia tudo que queria.








que é o amor se não um desejo tão incandescentes em seus corpos que torna a pessoa tola o bastante para acreditar em palavras ensaiadas? Tola o bastante para preencher sua vida na esperança de tornar o outro feliz; tola o bastante para mesmo morrer por outros. Uma tolice genuína dos humanos este tal de amor. Fere suas almas tão profunda e severamente, contudo eles ainda persistem, como formigas tentando chegar ao pote de açúcar, em venera-lo e repeti-lo. Ah, mas de certo há coisas boas sobre ele, afinal nada é puramente ruim ou puramente bom, todavia os prós de tal sentimento perdiam-se em meio aos contras. Amar outra pessoa, seja familiar, amigo ou amante, seguia um mesmo itinerário: felicidade, marasmo, tristeza. Às vezes era um ciclo tal acontecimento, e não tão linear como o visto.

Para aquela garota de cabelos curtos e desgrenhados, o amor não tinham o significado profundo que para todos havia. Era apenas uma forma de controle onde os mais fracos submetiam-se à vontade dos mais fortes. Porém, isso é algo simplesmente horrível de se pensar vindo da filha da deusa que representa tal sentimento. Isto é o que você pensaria, sem dúvida. Mirabelle, todavia, ela apenas possuía uma mentalidade fora de contexto em relação ao que é e representa, já que a garota era sim repleta do tal amor. Oh, ela amava muitas coisas: desde jogos à poder, sendo este último o seu primeiro e verdadeiro amor. Em sua visão apenas coisas e animais mereciam tal sentimentos voltados à eles. Não, ela não havia sofrido com amor, como alguns podem estar a pensar, ela simplesmente criou este conceito em sua mente, tão simples quanto não gostar de um vegetal.