Lakota

Puta que pariu, não parava de chegar gente naquela merda de festa, não aguentava mais receber aquele bando de desocupados, era só oferecer bebidas, drogas e putaria que brotava gente do inferno, não sabia que tinha convidado tantas pessoas assim. Tive que ignorar as pessoas que falavam comigo porque quando eu ia responder aparecia mais um filho da puta por aquela porta, essa vida era uma bosta mesmo.
Pelo menos tive a chance de observar as pessoas que entravam na festa, algumas pessoas me faziam franzir as sobrancelhas e contorcer os lábios pensando de onde os conhecia, mas o que me chamava a atenção mesmo eram as gostosas que entravam por aquela festa, Hyuna e outras garotas me chamaram muito a atenção, até um garoto asiático que eu achava que era uma menina me chamou a atenção, povo estranho esses coreanos. Por falar em coreanos eu acho que estava tendo guerra ou algum filho da puta estava atirando nos olhos puxados naquele país porque o que estava brotando de coreano em Bristol era surpreendente, parecia que tava surgindo do chão, valha-me deus!
Estava já há um tempo recepcionando os travestis, putos e gostosas que entravam no Lakota e já estava irritada então puxei um filho da puta que nunca tinha visto e fiz ele ficar no meu lugar e disse pra ele que caso alguém quisesse alguma droga era só me procurar, depois de fazer isso era hora de me divertir. Tirei um comprimido de LSD do pequeno saquinho e coloquei na língua, Ecstasy podia até ser bom, mas eu gostava do bom e velho LSD e a sensação daquele pequeno comprimido se dissolvendo em minha língua com o passar dos minutos era boa demais.
Olhei ao redor e não pude encontrar Timmy e outras pessoas então dei de ombros, aquilo estava cheio mesmo. Decidi ir para perto do bar e então vi Hyuna e uma loira que não me lembrava quem era, sabia que a conhecia de algum lugar, mas não me lembrava do nome dela... Mary, Margaret, Miley... Não, não me lembrava, mas sabia que ela era bem gostosa. No momento não me importava muito com a loira, mas queria saber o que Hyuna estava fazendo perto daquela garota principalmente com um copo de vodka na mão.
Eu já iria falar com Hyuna quando um garçom me interrompeu me entregando um papel. Luuk? Quem diabos era esse Luuk? Olhei para o comprimido em minha mão um pouco confusa, não tinha a mínima ideia do que era aquilo, mas desde quando eu me importava com essas coisas. Coloquei o comprimido na boca e senti o mesmo descer pela minha garganta. Peguei um copo de vodka da mão de algum idiota e bebi para ajudar a engolir o comprimido. Olhei ao redor e me senti confusa quando não encontrei Hyuna então fui em uma missão para encontra-lá.
Depois de alguns minutos encontrei a mesma junto de Timothy e me aproximei dos dois. - Olha ai minha asiática favorita, mais gostosa até que as atrizes pornôs asiáticas, sabia que ainda não transei com uma asiática? Talvez hoje seja o dia... - Disse em um tom de voz alto para a asiática me escutar e passei um dos braços ao redor da cintura de Hyuna beijando a sua testa lentamente antes de olhar para Timmy que estava perto perto dela. - Hey você, está gostando da festa, pessoas ficando drogadas e bêbadas nunca é tedioso na minha opinião, é só esperar até mais tarde quando eles vão ficar com tesão e começar a transar em cada lugar que puderem encontrar. - Falei antes de rir olhando para as pessoas que dançavam bastante animadamente, Mandragora era um bom DJ com um som bem pesado. - Espero que você também esteja se divertindo Hyuna, pois se depender de mim você só vai se divertir cada vez mais. - Disse com um sorriso malicioso em meus lábios para a garota.

No momento, estava em uma pequena praça sentada em um banco assistindo extasiado ao ballet dos moradores da cidade em seu usual frenesi vespertino. A cidade era completamente diferente de sua querida Bordeaux e lhe encantava estar diante de uma nova realidade e ir descobrindo-a aos poucos, como quem vai, deliciosamente abrindo a embalagem de um presente. Notara com alguma demora, a medida que anoitecia a praça tomando cores e formas diferentes, quem até então ocupavam os bancos, velhinhos, mães e crianças, aos poucos recebeu no ar uma espessa fumaça e novos artistas. O seu entorno agora estava tomado por jovens entre 15 e 17 anos, todos muito confiantes, rindo alto e contando piadas. As bebidas era outra repetência. Na mão de cada um dos jovens havia pelo menos uma garrafa ou um cigarro, e em grande parte dos casos, ambos. Depois de um tempo ali, notou que os jovens seguiam todos pelo mesmo caminho, iam pela charmosa rua onde haviam alguns barzinhos, até que sumiam por detrás dos muros. Curiosamente seguiu o trajeto do pequeno barzinho chegando a um local onde havia um grande prédio em concreto, havia uma fila mediana na entrada e podia-se ouvir um pouco o som abafado pelas espessas paredes. Quase que por acidente, parou na fila, e acabou ficando para não contradizer o destino. No final, um segurança lhe pediu os documentos. Estremeceu um minuto, ainda não tinha 18 anos completos, mas logo se lembrou que precisara de documentos falsos, e naqueles constava 20 anos. Apesar de uma longa e nervosa conferida, Alexandrina pode cruzar os portões de aço, sendo arrebatada pelo forte som do ambiente, bastante agitada, algum tipo de música eletrônica. Foi andando por entre as pessoas completamente sem rumo, nunca estivera ali e a luz, a fumaça e as pessoas não permitiam uma clara leitura do ambiente. Detectou o bar, que estava um tanto quanto cheio, mas caminhou em sua direção, apoiando-se em um pequeno espaço livre que encontrou, pouco visado, já que os ‘bartender’ estavam do lado oposto.

Alexandrina logo percebeu como ela era diferente das demais meninas da festa com suas roupas curtas, brilhosas, coloridas ou estampadas. Sua modestas roupas tinham uma palheta de cores bastante sóbria e assim era grande parte do seu guarda-roupa. Claro, não teria se vestido com os trajes que estava para aquela ocasião, mas também não se vestiria como a maioria ali. Voltou-se para o interior do balcão e fez um gesto para o bartender que não esboçou nenhuma reação ao vê-la, apenas continuou preparando o drink que estava. Deu um suspiro pesado e voltou-se para a área onde todos dançavam, neste momento, aproximou-se uma garota ruiva de cabelos cacheados e pareceu dizer algo, pois notara seus lábios moverem-se. Alex meio sem jeito, apontou para uma das orelhas e balançou a cabeça em um gesto negativo. – Não te ouvi! – arriscou um grito também, obtendo pouco sucesso em ser entendida, isto fez com as duas dessem uma gargalhada inaudível para cada uma.

Eu estava puta,completamente puta. Que merda aqueles filhos de caipora estavam fazendo na MINHA festa? Eu tinha conversado aquele desgraçado do policial que me devia alguns favores tipo umas CINCO vezes e ele tinha me garantido que nenhuma viatura estaria perto do Lakota,não podia mais se confiar em chantagear policiais como antigamente,mas ele iria me pagar por isso,com certeza pagaria. Estava tentando avisar as pessoas e,bem,meio que tinha arrastado Hyuna e Timothy comigo,afinal precisava sair daquela festa e não ia arriscar eles se perderem e acabarem não saindo na confusão. Respirei fundo umas três vezes tentando me acalmar, eu era Isabelle Leotta, não iria deixar nada dar errado. Olhei ao redor e percebi que algumas pessoas já tentavam sair e só as que era de maior,bêbadas ou estúpidas ainda continuavam parados.
Olhei para o bar e vi certos cabelos loiros e me virei para Hyuna. - Aquela é sua amiga não é? Precisamos pegar aquela criatura e dar o fora daqui,não sei você,mas eu não quero passar a noite em uma cela. - Falei para Hyuna olhando para a loira gostosa no bar. Hyuna era gostosa e tinha amigas gostosas? Isso era melhor que ganhar na loteria,era quase como se um Deus lá em cima gostasse muito de mim e dissesse "transe com uma e outras virão",bem,só podia pensar nessas coisas depois. Foco,Isabelle,foco.
Olhei para Timothy e suspirei.
- Timmy Tanner,código vermelho,pega quantos amigos viados puder e dá o fora dessa porra pelos fundos. Agora! - Disse para Timothy um pouco nervosa,não queria entrar em uma bad trip agora,mas essa situação estava me fudendo com consolo de 29 cm roxo. Maldito dia para policiais atrapalharem minha viagem. As músicas e as luzes me davam vontade de pular e dançar graças à merda do LSD e da droga que tomei, mas tinha que ir pegar a loira. Puxei a mão de Hyuna e fui para perto da loira e do garoto perto dela,ele era estranho,tinha uma aparência meio...nerd,não era comum ver alguém assim nessas festas,mas o copo de bebida em sua mão me dizia que ele estava acostumado.Segurei a loira perto dele pela cintura e puta merda,ela devia ter bebido muito, Hyuna parecia preocupada. - Algum filho da puta deve ter falado para esses putos da festa,vamos ter que sair agora,venha ou se foda aí,não to a fim de ser presa,vamos pelos fundos. - Disse já irritada segurando a loira pela cintura.
Esperava que os dois entendessem a situação,Hyuna parecia meio preocupada então sorri em sua direção,não queria que a garota ficasse nervosa. Soltei a cintura da loira,de perto ela não parecia tão bêbada,esperava que ela conseguisse sair daquela porra.